Rodoviários do DF podem paralisar atividades

Rodoviária do Plano Piloto durante greve de motoristas e cobradores. Clicada em 8 de junho de 2015. Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

Categoria reivindica reajuste salarial e de benefícios; sindicato e empresários negociam por mais uma semana


Motoristas e cobradores do transporte público do Distrito Federal se reuniram, na manhã deste domingo (04/09/22), em uma assembleia geral da categoria. No ato, convocado pelo Sindicato dos Rodoviários do DF (Sittrater-DF), os trabalhadores decidiram pelo indicativo de greve. Os rodoviários e os empresários negociarão os reajustes de benefícios e do salário durante mais uma semana. As informações são do Jornal de Brasília.

Inicialmente, o sindicato pediu 15% de aumento salarial e de 20% no ticket alimentação e na cesta básica, com base nos índices da inflação. As empresas oferecem 9% de reajuste nas remunerações e de 11% nos demais benefícios. A categoria rejeitou a oferta e agora reivindica 11% de reajuste salarial e 14% de reajuste no ticket e na cesta.

A decisão final será decretada na próxima segunda-feira (11), quando pode acontecer uma paralisação geral do transporte coletivo caso as partes não cheguem a um acordo. Ao todo, mais de 1 mil rodoviários compareceram ao ato.

Elias Barbosa, presidente do Sittrater-DF, discursou para os trabalhadores e falou sobre as negociações, que acontecem desde 1º de agosto. “Durante a semana que passou fizemos várias reuniões, aguardando o posicionamento do governo e dos empresários. Vocês sabem que as negociações não são fáceis, algumas pessoas falam que durante o ano eleitoral seria mais fácil conseguir aumento e não é isso que nossa história mostra’’, declarou o sindicalista.

Ainda de acordo com Elias, a pandemia também atrasou os planos, já que muitas empresas negaram acordos por conta do impacto financeiro que sofreriam. “É muito complicado, porque as empresas passaram por uma crise, que dura de três anos. Elas continuam com dificuldade”, destaca.

Segundo a cúpula do Sittrater, a ideia era conseguir essas mudanças o mais rápido possível. Mas até o último sábado (3), não havia uma proposta definida para apresentar aos demais trabalhadores.

Com isso, a diretoria fez uma reunião de última hora no domingo (4), pouco antes do início da assembleia. De acordo com João Osório, as negociações não saíram como eles esperavam, mas “esse é o momento de mostrar força”.

Auxílio para mulheres em licença maternidade

Apesar do impasse entre trabalhadores e empresários, a categoria comemora o pagamento de um auxílio para as mulheres em licença maternidade. “A mulher trabalhadora quando dá à luz é penalizada pelas empresas e deixa de receber uma parcela importante do seu salário, que faz muita falta, de R$ 690. Isso tem um peso muito grande. Colocamos na pauta, insistimos muito e conseguimos avancar’’, comentou o diretor financeiro do Sittrater-DF, João Osório.

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