“Todo projeto realizado pelo DER é pensado com uma ciclovia do lado”, diz diretor-geral do DER-DF
Gestor garante que ciclovias são “uma alternativa fundamental” para o DF
O futuro da mobilidade urbana no Distrito Federal passa pela valorização e incentivo ao uso de bicicletas. Ter a maior malha cicloviária do Brasil – o posto era ocupado por São Paulo, marca essa que foi ultrapassada – favorece essa ideia. É o que disse o diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem do DF (DER-DF), Fauzi Nacfur Jr.
Em entrevista à Agência Brasília, site oficial de notícias do GDF, o gestor afirma que cada projeto tocado pela autarquia está com a parte cicloviária planejada. “Todo projeto realizado hoje em dia pelo DER-DF é pensado com uma ciclovia do lado. É a chamada mobilidade urbana sustentável”, garante. No Distrito Federal, circulam mais de 1,8 milhão de veículos – sendo que foi projetado para apenas 500 mil – e, por isso, é tão importante valorizar a malha cicloviária.
“O DER-DF construiu diversas ciclovias importantes de 2019 para cá. Destaco a da ligação Santa Maria-Gama, outra na ligação Ceilândia-Samambaia, que vai do campus da Universidade de Brasília [UnB] até a cidade de Samambaia. O morador tem condição de pegar uma bicicleta com segurança e descer na UnB”, enumera.
Outro ponto que deve receber uma nova ciclovia o complexo viário Joaquim Roriz (Trevo de Triagem Norte-TTN). Segundo ele, a inclusão de uma ciclovia no local está na parte de estudos. “Todo o projeto cicloviário do TTN foi discutido entre órgãos públicos como o próprio DER-DF, a Secretaria de Mobilidade e o Detran. Além de ONGs da área do ciclismo, como o Rodas da Paz e outras. Foi buscada toda uma convergência para a execução do projeto”, destacou.
Saída Norte
Ainda sobre a Saída Norte, Nacfur disse que a obra passou de 95% de conclusão. O serviço, que era para ser concluído em 2020, foi atrasado por causa das chuvas segundo o gestor. No entanto, mesmo com o atraso da obra, ele garante que os motoristas já percebem um ganho de tempo.
“É importante lembrar que a Saída Norte era refém de um único acesso na Epia Norte [Estrada Parque Indústria e Abastecimento]. Um acidente, um ônibus ou caminhão enguiçado simplesmente parava a rodovia. As pessoas gastavam até 3 horas pra chegar em casa. Hoje, os motoristas estão saindo do centro de Brasília e chegando em Sobradinho em cerca de 20 minutos”, argumenta.
Viagem entre Planaltina e Plano Piloto deve durar apenas 40 minutos
Outra promessa do diretor-geral do DER é a economia de tempo em uma viagem entre Planaltina e o Plano Piloto. Ele garante que, com o alargamento de mais uma faixa em cada sentido, no trecho entre Planaltina e Sobradinho, o motorista vai fazer o trajeto até o centro de Brasília em até 40 minutos durante o horário de pico.
“Dentro de um futuro bem próximo, posso garantir: o brasiliense vai gastar – no horário de pico – 40 minutos no trajeto entre o Plano Piloto e Planaltina. Será uma grande evolução, para quem hoje gasta cerca de 2 ou 3 horas. O projeto já está sendo executado pelo nosso departamento. Até março, terminamos a proposta de ampliação da rodovia para depois partir para a licitação”, disse.
Rodovias de concreto
Outro ponto abordado por Fauzi é o recapeamento de rodovias pelo DF. O material deve ser substituído por concreto, que tem uma durabilidade maior. “O que basicamente diferencia o concreto do asfalto é a vida útil. O pavimento de concreto é mais durável, resistente e tem um tempo de vida de 20 anos. O asfalto é bom, mas tem a metade da vida útil”, esclarece.
Alguns trechos, de acordo com o diretor, devem receber esse reparo. “Temos três projetos saindo do forno: vias de concreto no Pistão Sul [em fase de conclusão de projeto]. E também na Epig [Estrada Parque Indústria Gráfica], que vai integrar parte do Corredor Eixo Oeste do BRT e está sendo tocado pela Secretaria de Obras’, disse.
E ele continua: “A Estrutural [Estrada Parque Ceilândia – EPCL], estamos com a licitação na praça. Lá, serão três faixas indo e três voltando, todas em concreto. Uma extensão de cerca de 12 quilômetros do Plano Piloto até Taguatinga. Usar esse tipo de material significa menos manutenção, o que é uma economia para os cofres públicos. E menos contratempo para os motoristas.”