SPTrans defende que tarifa do transporte passe a custar R$ 5,10
Para passar a valer, reajuste precisa da aprovação do prefeito Ricardo Nunes (MDB)
A Secretaria Municipal de Transportes de São Paulo e a SPTrans sugeriram, após reunião realizada nesta quarta-feira (22/12/21), um reajuste para a tarifa do transporte público na capital. De acordo com a proposta, o valor passaria dos atuais R$ 4,40 para R$ 5,10 em 1º de janeiro de 2022.
A ideia seria compensar as perdas com a inflação dos últimos anos. Para passar a valer, o texto precisa da aprovação do prefeito Ricardo Nunes (MDB). “O prefeito analisará os números em conjunto com as secretarias de Governo e da Fazenda, para posterior tomada de decisão”, diz a prefeitura por meio de nota.
Segundo a SPTrans, o custo total por passageiro é de R$ 8,71, sendo que R$ 7,96 correspondem à operação (frota, mão de obra, entre outros) e o restante para a infraestrutura de terminais rodoviários.
A diferença entre o chamado “custo real” e o que é efetivamente pago pelo passageiro nas catracas é subsidiada pela prefeitura. A SPTrans afirma que esse repasse chegará a R$ 3,3 bilhões somente neste ano.
A estimativa é que, se o reajuste for aprovado, a arrecadação com as passagens aumente em R$ 104 milhões, chegando a um total de R$ 728 milhões. Nunes tem até o dia 25 para tomar uma decisão sobre o assunto.
Nesta terça-feira (21), o chefe do Executivo municipal declarou que pode não haver aumento de passagens este ano. “Pode ser que sim, mas tá caminhando muito pra que a gente consiga segurar o aumento da passagem, para não ter, é o que tá caminhando, mas os estudos não estão concluídos”, disse.
O último reajuste tarifário em São Paulo aconteceu em janeiro de 2020, quando a passagem passou de R$ 4,30 para o valor atual. Em 2021 não houve reajustes, mas idosos entre 60 e 64 anos tiveram o direito à gratuidade revogado.