Polícia Federal investiga favorecimento ilícito a empresas de ônibus rodoviários
Viações teriam pago propina a servidor da Agência Nacional de Transportes Terrestres, a ANTT, para conseguir registros de linhas interestaduais
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) é alvo de operação deflagrada nesta terça-feira (18/10/22). A Polícia Federal investiga supostos crimes de corrupção praticados por servidores da autarquia.
Os agentes cumpriram mandatos de busca e apreensão em São Paulo e em Brasília. “São apurados atos de corrupção praticados por um servidor de cargo efetivo da ANTT e outras condutas atribuídas a ex-ocupantes de cargos em comissão da Autarquia Federal. O cumprimento das ordens judiciais visa robustecer elementos de informação já produzidos no âmbito de dois inquéritos policiais”, informou a PF, em comunicado.
Segundo a denúncia, empresas de transporte que queriam o registro de linhas pagavam propina para um servidor durante o período em que ele ocupava o cargo de superintendente de passageiros da agência. Os valores, diz a PF, consideravam a lucratividade da rota. Em uma das ocasiões, esse valor chegou a R$ 240 mil.
A PF também investiga outros quatro ex-servidores da ANTT. De acordo com a investigação, mesmo afastados das funções públicas, os suspeitos tinham acesso a informação privilegiada de processos, que era usada em favor de interesses particulares. A corporação identificou 17.989 acessos indevidos.
A ação da Polícia Federal contou com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU). Por meio de nota, a ANTT afirmou colaborar com as investigações e informa “que já havia aberto procedimento interno de apuração”. “Por fim, vale ressaltar que tais práticas citadas não refletem os valores institucionais que permeiam a Agência”, conclui a ANTT.
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