Afirmação é do secretário de Transporte do DF, Zeno Gonçalves

A Auto Viação Marechal, operadora da bacia nº 4 do transporte público do Distrito Federal, deve renovar toda a sua frota em 2024. A afirmação é do novo secretário de Transporte e Mobilidade, Zeno Gonçalves, em uma entrevista exibida nesta terça-feira (5/3/24) pelo jornal Bom Dia DF, da Rede Globo. 

De acordo com o gestor, a pasta recebeu, nesta segunda-feira (4), o planejamento que a empresa fez para a troca da frota. “A Marechal já apresentou, ontem, o cronograma [de compra dos veículos] para nossa equipe técnica. Deve adquirir todos os ônibus Mercedes-Benz”, afirmou Zeno.

Articulados substituídos por superpadrons

O chefe da Semob disse, ainda, que a empresa também irá aposentar os ônibus articulados, substituindo-os pelos chamados “superpadrons”. “Ele é maior, menos poluente, mais moderno, energeticamente mais eficiente”, complementa.

Até o momento, apenas a Viação Pioneira adquiriu carros superpadrons. Já a Urbi Mobilidade, que também detinha articulados, compensou a ausência dos famosos “minhocões” com mais ônibus. A Expresso São José está com o processo de renovação da frota em andamento, o que foi mencionado pelo secretário.

Ao ser questionado sobre “prazos e números” pela jornalista Natália Godoy, condutora da entrevista, o secretário afirmou que os dados estão em poder da equipe técnica da pasta.

Atrasos na renovação

A Marechal e a São José não cumpriram o cronograma de substituição de suas frotas. Ambas ainda possuem veículos fabricados entre 2013 e 2014, os quais já completaram 10 anos de operação, sendo um período de utilização superior ao estabelecido em contrato, que é de 7 anos.

Quando perguntado se a Semob não aplicou sanções sobre as empresas, Zeno respondeu que a pasta ficou “em cima” para assegurar a prestação dos serviços. “Nossa fiscalização é eficiente”, garantiu o secretário.

Ele explicou, ainda, que a pandemia prejudicou várias empresas pelo Brasil sofreram muito. E que a característica de locomoção em Brasília é “pendular”. Isso significa que, na parte da manhã, milhares de pessoas vão até a região central, voltando apenas no final da tarde. Essa particularidade contribui no custo de operação de acordo com Zeno. “O sistema precisa funcionar”, completa.

“Eu também não posso ‘matar’ as empresas! Primeiro, porque eu não consigo substituir [operadoras e ônibus] na velocidade que a população precisa e, segundo, porque é melhor a gente trazer a empresa como parceira”, diz Zeno Gonçalves.