Concreto é utilizado nas novas vias do transporte coletivo para garantir durabilidade. GDF investe R$ 56,7 milhões na Estrada Setor Policial Militar para beneficiar 65 mil motoristas que circulam todos os dias no local

Duas novas faixas exclusivas para o transporte público estão sendo construídas na Estrada Setor Policial Militar (ESPM). As pistas serão de pavimento rígido, um material mais durável e resistente já utilizado em outras estradas do Distrito Federal. A construção do trecho de 6,6 km – sendo 3,3 km em cada sentido – começou em agosto e, até esta segunda-feira (25/09/23), já houve a concretagem de 1,2 km.

O Governo do Distrito Federal (GDF) investe R$ 56,7 milhões na obra com o objetivo de melhorar o tráfego dos 65 mil motoristas que passam pelo local diariamente. As intervenções são executadas por empresas contratadas pela Secretaria de Obras e Infraestrutura (SODF) e fazem parte da consolidação do chamado Corredor Eixo Oeste, que terá 38,7 km de extensão e ligará as principais vias do Sol Nascente/Pôr do Sol ao Plano Piloto.

Atualmente, existem três faixas nos dois sentidos da estrada – sendo que uma em cada lado é dedicada ao transporte público. Com a construção das novas vias, carros e motocicletas poderão usar três pistas em cada sentido e o tráfego dos ônibus não será prejudicado. As novas faixas exclusivas começam cerca de 200 metros antes da sede da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), na Quadra 3 do ESPM, e terminam próximo ao viaduto da W3 Sul.

Segundo o fiscal de obras da SODF Vilmar Azevedo, o pavimento em concreto visa proporcionar mais segurança para os usuários do trecho. O material também está sendo instalado na Estrada Parque Ceilândia (DF-095), mais conhecida como via Estrutural. “É um material mais durável que pode aguentar a sobrecarga dos ônibus e outros veículos pesados. O flexível, dependendo do impacto, pode se deformar com o tempo. Já o pavimento em concreto, gera menos manutenção e mais conforto para a população”, avalia.

Na ESPM, também está em andamento a instalação do pavimento flexível e das sinalizações verticais e horizontais, bem como a construção de ciclovias, calçadas e do sistema de drenagem da região. A rede de captação e escoamento de água pluvial terá 8,56 mil metros de extensão – começando na Quadra 3 do ESPM e indo até a Vila Telebrasília. O sistema contará com galerias subterrâneas, bocas-de-lobo, poços de visitação e uma bacia de detenção com capacidade para 357,5 mil m³.

O comerciante Francisco Raimundo Nascimento, 45 anos, aprova o pacote de melhorias. Ele mantém um quiosque próximo à ESPM há mais de 20 anos e afirma que as obras terão grande impacto no trânsito. “Eu até evito ir embora antes das 20h porque sempre tem engarrafamento. Acho que depois da obra deve melhorar bastante”, afirma ele, que mora em Samambaia.